<i>BES</i> sem crise recua no acordado

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Meia centena de trabalhadoras e trabalhadores da Espírito Santo Recuperação de Crédito participaram na quinta-feira, dia 6, numa acção de protesto contra o facto de a administração recusar os últimos passos formais para que seja publicado e entre em vigor o Acordo de Empresa cuja negociação foi fechada em Maio, ao fim de dois anos de negociação com o Sintaf/CGTP-IN.

Os trabalhadores concentraram-se à entrada do edifício do antigo centro comercial Grão Pará (agora Castilho 50), onde está instalada a ESRC, com uma faixa do sindicato e cartazes exigindo «salários justos», «contrato digno» e «assinatura do AE». Pouco depois das 13 horas, em passo lento e com um carro de som à frente, a explicar os motivos da luta, dirigiram-se à sede do Grupo Espírito Santo, na Avenida da Liberdade. Pelo caminho, foram distribuindo um folheto em que reclamam que os responsáveis do grupo honrem os seus compromissos.

Para o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Actividade Financeira, a administração da ESRC está a fazer chantagem, ao justificar o protelamento com um «ambiente de crise» que não permitiria a aplicação da tabela salarial. Esta faz parte do Acordo de Empresa, cuja negociação foi encerrada há mais de seis meses, a contento de ambas as partes – como refere o Sintaf, numa informação publicada no seu sítio na Internet. Ora, quer em Maio quer agora, «crise» é palavra que não pode ser usada para caracterizar a situação do Grupo Espírito Santo, cujos lucros milionários continuam a crescer.

O sindicato decidiu requerer ao Ministério do Trabalho que o processo passe à fase de conciliação. Pelo AE e por uma tabela salarial digna, o Sintaf reafirmou que os trabalhadores mantêm a disposição de continuar a lutar.

Um protesto semelhante ao da semana passada tinha já ocorrido no dia 16 de Novembro e, recorda o sindicato, nele participaram mais de 120 dos cerca de 150 trabalhadores da ESRC, que nessa altura decidiram aderir à greve geral, a 24.



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